Nada une mais do que um ataque violento, e foi a partir de excrementos que a tolerância da comunidade cristã da Igreja Presbiteriana de Copacabana encontrou seu limite. Na segunda (7/7), um homem foi filmado esfregando fezes nas câmeras da igreja, que já havia sido invadida e vandalizada três semanas antes.
Esse foi o 2º ataque em menos de um mês: em 24/6, três invasores reviraram objetos sagrados, furtaram equipamentos e usaram a toalha da mesa de eucaristia para se limpar após fazerem o nº 2 dentro do templo. Além do prejuízo de R$ 15 mil, deixaram a comunidade em choque com a vileza do ato.
Presidente do Conselho da igreja, o pastor José Mirabeau não se calou: exigiu policiamento reforçado, prisões efetivas e punição à altura. “Não nos calaremos e nem nos sentiremos acuados”, disse, clamando por respeito à liberdade de culto e segurança pública.
Princesinha em pânico
Infelizmente, o medo virou rotina no cartão-postal do Rio. Atividades noturnas foram reduzidas e muitos fiéis evitam cultos e missas noturnas por causa da insegurança no bairro.
Viajando um pouco, proporcionar segurança é uma espécie de cuidado pastoral: fé não preenche o buraco de insegurança, só a Justiça. Ao Estado, cabe provê-la, não a deixando escondida atrás de discurso vazios e protocolares. (SP)