No último fim de semana, os algoritmos se curvaram diante de mais um capítulo da saga espiritual de Viih Tube e Eliezer. O casal, que acumula milhões de seguidores, decidiu apresentar seu filho caçula, Ravi, de seis meses, em uma igreja evangélica — com direito a altar, gratidão nas redes e, claro, festa temática com bolo decorado por uma cruz dourada (só faltou a legenda “abençoado demais para reclamar”).
A cerimônia foi registrada e publicada com a estética já conhecida dos “influenciadores gospel”: um feed que mistura devoção, lifestyle e storytelling emocional. Sim, sempre com Inglês no meio. “Dia de apresentar nosso guerreiro na igreja, no altar, pra Deus. Obrigada Deus pelo livramento do meu filho”, escreveu a mamãe, lembrando a internação de Ravi por enterocolite no primeiro mês de vida — um episódio que, segundo ela, foi divisor de águas (like Moses?) em sua experiência de fé.
Para os neófitos em rituais eclesiásticos, vale a explicação: apresentação não é batismo. É um gesto simbólico em que os pais dedicam o filho a Deus e assumem o compromisso de criá-lo nos caminhos do Senhor.
Fiel escudeiro digital e agora convertido assumido, Eliezer resumiu bem o espírito da ocasião: “Hoje vamos apresentar nosso pequeno na igreja de Deus”. Em outras palavras: o lifestyle gospel agora também contempla o álbum de infância. O casal, que já havia sido batizado em uma igreja evangélica em fevereiro, vai consolidando uma trajetória que mistura reality show, conversão e empreendimentos familiares, como quem organiza um cronograma editorial para o céu.
Enquanto parte da bolha aplaude os novos irmãos, outros observam com o sobrecenho erguido: haveria um novo tipo de “gospel branding” nascendo da fusão entre influenciadores e igreja? Se antes a lógica era “vida com Deus fora das câmeras”, agora o culto é, literalmente, multiplataforma. A ver… ouvir e clicar.📱 (SP)