Se a conversão sinaliza mudança de rota, os holofotes ganharam tom espiritual. Em vez de fofocas e bastidores da TV, alguns artistas resolveram assumir o microfone nos púlpitos. O resultado tem sido cultos com testemunhos de superação entrecortados por “glória a Deus” de fãs-fiéis.
Conhecido por novelas como Dona de Mim, Felipe Simas pregou recentemente na Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca. Ele compartilhou que abraçou o evangelho após uma jornada de vícios. “Eu vinha de um passado carnal, de traição, cheio de vícios, como cigarro, bebida, maconha. A minha carne estava falando muito alto”, disse.
E abriu o guarda-chuvas de “dicas do Alto”, versão gospel de “auto-ajuda”. “Perseverança, para todo crente, é recorrer a Jesus. Muitas vezes a gente pensa que perseverar é continuar, é não parar. Às vezes, sim, perseverar é correr na chuva”, pregou o ator.
Simone Mendes, Joelma, Karina Bacchi e Baby do Brasil também costumam professar a fé em público. Outros parecem interpretar o papel de “detetive de Cristo”, mantendo a intimidade religiosa quase em segredo.
Em entrevista a Marília Gabriela em 2014, Caio Castro revelou que veio de uma família evangélica e teve formação cristã. “Posso ter o que todo mundo pretende: dinheiro, fama, sucesso profissional e mulheres. E isso realmente te preenche de alguma forma. Mas se eu tiver Deus no meu coração, se eu tiver essa paz, não preciso ter nada disso”, testemunhou.
Por mais emocionante que seja o plot twist na trajetória de alguns artistas, o método bíblico de avaliação ainda é o mesmo: “Vocês os reconhecerão por seus frutos” (Mateus 7.16). Assim seja. (SP)