Donald Trump deve ter gargalhado ao ver o extrato de royalties de sua Bíblia customizada. Em 2024, o presidente dos EUA faturou cerca de US$ 1,3 milhão com a “God Bless the USA Bible”.
Vendida por até US$ 99, a versão do republicano usou discurso catastrofista na publicidade. Trump apareceu em vídeo convocando seus seguidores a “fazer a América orar de novo” e alertou que o cristianismo estaria “sob cerco”.
Mas nem todo mundo abençoou a iniciativa. Andrew Walker, do Seminário Batista do Sul, sentenciou: “Uma Bíblia assim nunca deveria existir”. Do outro lado, defensores como Tony Perkins comemoraram. Afinal, qualquer incentivo à leitura bíblica é bom, mesmo que venha com bandeira, Constituição e Declaração de Independência.
Segundo estudo do Pew Research Center, em 10 anos (2010 a 2020) os Estados Unidos viram o número de pessoas sem-religião aumentar em 97%, chegando a 101 milhões de pessoas.
Em tempos de fé se confundindo com política, espera-se que o gadget não seja mais uma peça de campanha como os bonés MAGA. Sem resistir ao trocadilho, que princípios bíblicos como paz e justiça sejam grandes novamente no país (Isaías 32.17).