(foto: Charisma)
Pastor da Grace Community Church, em Sun Valley (Los Angeles), durante mais de 5 décadas, MacArthur construiu reputação de “leão do púlpito”. Tornou-se conhecido por ensinar a Bíblia “com a Bíblia”, dispensando apelos emocionais, a cultura pop e outros recursos considerados penduricalhos entre os pregadores-raiz.
Durante a pandemia, desafiou restrições de saúde e manteve cultos presenciais em sua comunidade. Entrou com ação judicial e venceu, recebendo US$ 800 mil de indenização. Entre seus vários alvos, MacArthur criticou o feminismo, os direitos LGBTQ+ e a ordenação de mulheres. Suscitou debates e até rupturas.
Três pontos
✅ Teologia sem cenoura digital: MacArthur resistiu ao apelo midiático, preferindo a exposição bíblica em vez de selfie no púlpito.
✅ Fé que desafia normas: enfrentou o coronavírus e as regras com base constitucional. Usou a Bíblia como carta de direitos.
✅ Polarizador, mas formador: suas posições dividiram, mas também moldaram parte das crenças da ala conservadora.
John MacArthur morreu em 14 de julho de 2025, vítima de pneumonia. Foi polêmico, poderoso, resistente e fragmentário. Tudo junto. Saem os livros, ecos dos sermões e uma pergunta que perpassa: a fé “inflexível” defendida pelo religioso sobrevive a tempos fluídos? No altar da história, seu nome ficará como referência, não como consenso. (SP)